Hoje vi o homem de bata branca.
Disse-me para ter cuidado!
Eu virei-lhe as costas, e dei à anca
Porque já estava atrasado!
Antes, muito ele remexeu em mim,
Examinando e analisando os pormenores.
Eu disse-lhe: "Eu Estou muito bem assim!"
Ele respondeu: "Já vi males menores..."
Dali desatei a correr,
Temendo por minha sanidade!
Mas consegui-o perder
Deixando-me na saudade...
Mas quando lá cheguei,
(Lá onde eu sou eu)
Ao chão me entreguei
E minh'alma renasceu.
Afastei os demónios,
Pesadelos e sonhos contraditórios!
Bastou-me um desabafo naquele espaço
E o nó da corda ficou lasso.
Sinto finalmente energia renovada
Invadindo o meu corpo fustigado.
Minha mente permaneceu calada!
Durante esse tempo apressado.
E ai de quem diga que é nada
Aquilo que é tão meu!