Não se assustem, leitores assíduos deste meu cantinho, eu não sou nenhum tarado sexual que molesta mulheres indefesas! Apenas sou um homem que afoga sentimentos na sua fiel viola, cedida pela sua mãe.
Não toco, não posso dizer que o faço, mas "brinco" nela, dedilhando uma e outra corda enquanto prendo um ou outro espaço de modo a inventar uma melodia pessoal.
Não mostro aos demais, não sou convencido o suficiente para isso...ou melhor, mostro, mas aos mais íntimos. Mostro melodias que são jeitosas como bandas sonoras de conversas de café, ou de desabafos desesperados de enamorados perdidos no seu sentimento.
É assim que passo as minhas tardes, envolto em no meu violar, no meu personalizado violar, porque ela me entende, ela não me acusa nem me julga e muito menos se queixa ou me consome o juízo. Ela é uma amante fiel, uma amiga íntima, uma pessoa, autêntica, que existe apenas para me ouvir...enquanto eu a oiço a ela. Os sons que ela emite não são mais do que suspiros meus, musicados.